terça-feira, 25 de maio de 2010

Capítulo de Abril/2010













Lá para os lados de Pé de Câo (hi!hi!) fomos recebidos pela Vitória, São e Pedro com a simpatia habitual que os caracteriza. Por entre as gracinhas da Vitória, a espera pelos atrasados foi feita saboreando os acepipes preparados pelo Pedro e degustando um espumante Poço do Lobo bem fresquinho. Maravilha! Segundo os entendidos devíamos ter observado abstinência, para não prejudicar o paladar, afim de podermos avaliar com rigor os néctares do painel.


Quando todos presentes Pedro, João, Albano, André, Tiago, Igor e Miguel deu-se início aos difíceis trabalhos da escolha do melhor néctar. O Igor e o Miguel deram-nos o prazer da sua companhia pela primeira vez, e esperamos que nos acompanhem noutros capítulos.

Por entre um misto excelente de entrecosto de porco e vaca, delicioso como era de esperar e acompanhado por umas batatas e grelinhos fomos degustando os néctares, tirando notas, trocando opiniões e atribuindo as classificações.


Finda a prova, os vinhos foram classificados por entre acalorada troca de opiniões, tendo a mesma ficado pela seguinte ordem de marcadores: preto, roxo, laranja, amarelo e verde. Ficamos então num estado de ansiedade, aguardando que se relacionasse o marcador com a respectiva garrafa.
Por fim, desvendou-se o mistério, ficando a lista do seguinte modo:
1. Douro Valley – Signature – 2007 – 15,5º (Carvalhal)
2. Borba Reserva 2005 – 13,5º (André)
3. Douro Crasto 2008 – 13,5º (Pedro)
4. Quinta de Saes Reserva 2007 –Dão -13º (João)
5. Douro Reserva 2005-Pingo Doce – 14,5º (Tiago).

Houve ocasião ainda para provar o vinho especial do amigo Isaias que perante painel em disputa ficou a perder, mas pode ser que noutra ocasião possa ser devidamente apreciado.
Finalmente os Barca Velha foram apreciados e foi opinião geral que uma delas já tinha sofrido os efeitos da idade, enquanto que a outra poderia ter batido alguns dos vinhos do painel apesar da idade já se fazer notar. De referir que eram de 1965 e 1966. Obrigado ao amigo Miguel por nos ter proporcionado esta experiência. Repito, contamos com ele para os próximos capítulos.

Alguns apontamentos:
DFE Signature 2007
Castas: tradicionais do Douro - Estágio: barricas de carvalho francês - 15,5% Vol.Tonalidade ruby escuro de concentração média/alta.Nariz coeso e algo preso no arranque, apesar disso mostra uma boa intensidade com barrica em primeiro plano a debitar tosta, baunilha, chocolate preto, especiaria... num todo onde a fruta negra bem madura e fresca surge depois, com resina e flor de esteva à mistura.
Boca boa de corpo, concentrado e estruturado, sente-se robustez e ao mesmo tempo uma vontade de querer mostrar-se elegante e fresco. Mais fruta e percepção da madeira, chocolate preto e especiaria, também aqui se mostra algo sisudo, pouco conversador, desenvolve pouco, precisa da rodagem que só o tempo lhe pode dar. O final é longo e de boa persistência.
copod3.blogspot.com

Borba Reserva 2005 (Rótulo de cortiça)
Produtor: Adega Cooperativa de Borba
Teor alcoólico: 13,5%
Castas: Alicante Bouschet, Aragonez, Castelão, Trincadeira
Cor: Granada, com nuances acastanhadas.
Aroma: Vinho com carácter nobre do Alentejo, aroma rico e cheio a frutos bem maduros, compota e especiarias.
Prova: Ao sabor é um vinho macio, com ligeira adstringência, equilibrado com taninos suaves e aveludados, com corpo, onde se nota o carácter frutado e ligeira evolução, que se prolonga no final da prova.
Observações:
Estagiou 12 meses em carvalho francês.
Adega alentejana - www.alentejana.com.br

Castro
DOURO DOC 2008 13,5% Vol.
Localizada na margem direita do rio Douro, a meia distância entre a Régua e o Pinhão, a Quinta do Crasto já figurava no mapa do Barão de Forrester.
Castas: Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca e Touriga Nacional.
Aroma: Este vinho revela um muito vigoroso aroma de frutos vermelhos com boas notas de especiarias.
Na boca mostra uma boa estrutura, com taninos firmes e uma acidez equilibrada.
sol.sapo.pt/blogs/tambuladeira/

Quinta de Saes
Região: DOC DãoCastas: Touriga Nacional, Alfrocheiro Preto, Jaen e Tinta RorizProdutor: Álvaro CastroÁlcool: 13%Enólogo: Álvaro CastroNotas de Prova: Cor escura e intensamente aromático, principalmente frutos bem maduros, na boca revela complexidade e elegância, leves notas de fumo e um final muito agradável e persistente.
osvinhos.blogspot.com

Pingo Doce — Douro «Reserva» '2005
Douro DOC produzido pela Calheiros Cruz. Foi vinificado a partir de uvas das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca e Aragonês. Estagiou em madeira. Tem 13,5% de álcool. Cor rubi. Aroma simples, um pouco trôpego. Fruta silvestre madura. Na boca, mais fruta, e fruta mais expressiva. Saboroso. Porém, nota-se-lhe certa desarmonia estrutural: o álcool acaba por se evidenciar em demasia e os taninos, embora até bastantes, mostram-se um pouco duros, sem conseguirem, contudo dar outra envolvência ao vinho. O final é curto e limpa a boca.
putobebe.blogspot.com
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Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade. Confúcio

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